27/10/09

eu nunca seria capaz de o dizer melhor

"A harmonia secreta da desarmonia. Quero não o que está feito, mas o que tortuosamente ainda se faz."

Clarice Lispector

também há ninfas no Douro.

17/10/09

até Nietzsche Chorou

porque não choramos todos e todas abertamente?

12/10/09

ler quem sabe e talvez, repito: talvez entender

Lisboa, 09 Out (Lusa)Nenhum ser humano é exclusivamente feminino ou masculino mas, socialmente, estar à margem do binarismo sexual homem-mulher é como "habitar a terra de ninguém", afirma Ana Sofia Neves, investigadora no Instituto Superior da Maia.Em declarações à agência Lusa sobre a condição da atleta sul-africana Caster Semenya, que será pseudo-hermafrodita, Sofia Neves, doutorada em Psicologia Social, sublinhou que ninguém "é estritamente homem ou estritamente mulher, mesmo que as nossas características bio-genéticas pareçam querer atestar essa ideia do sexo puro".Numa linha de pensamento essencialista, o conceito de "sexo" refere-se a "um conjunto de atributos bio-genéticos que diferencia os machos das fêmeas" mas existe outra noção importante neste quadro, a de "género", que diz respeito a "um leque alargado de representações, expectativas e papéis sociais associado a cada um dos sexos biológicos", explicou.Para a especialista, o sexo é, nesta óptica, "o produto da natureza" e o género "o produto da cultura" - dois aspectos que podem também ser vistos como "categorias sociais e discursivas" constitutivas do corpo e da identidade.Nesse caso, "a ideia de sexo natural passa a ser, em si mesma, uma ideia contestada, já que a instauração da diferença sexual binária [homem/mulher] é apenas uma forma de categorização social, de entre outras possíveis", salientou à Lusa, acrescentando que a categorização poderia ser feita com base noutros referenciais que não os órgãos sexuais.Na sequência destas noções, a docente e investigadora na área das questões de género considera que a referência a "dois ou quatro, ou sete, ou onze sexos é redutora" pois "a tipologia das categorias sexuais é ilimitada".Focando-se no caso concreto de Caster Semenya, cuja condição sexual começou ser investigada na sequência dos resultados obtidos nos mundiais de atletismo de Berlim, Sofia Neves lamentou a forma como o assunto tem sido abordado."O que começou por estar em evidência foi o facto de uma jovem atleta, alegadamente atípica na aparência e nos comportamentos (não feminina portanto), obter, nas provas em que participa, resultados igualmente atípicos para uma 'simples' mulher", assinalou.E a primeira questão foi tentar perceber "se se tratava de um homem a fazer-se passar por uma mulher (já que dificilmente uma mulher 'comum' seria capaz de tais feitos desportivos) ou se, por outro lado, se tratava de uma 'super-mulher' (uma mulher de excepção que, por razões desconhecidas mas provavelmente estranhas, se evidencia das outras mulheres)", reforçou.Para Sofia Neves, que está a organizar um seminário sobre Género e Ciências Sociais, previsto para 4 e 5 de Dezembro, até agora os testes efectuados a Caster Semenya vão apenas no sentido de "apurar a 'verdadeira condição sexual' da jovem a partir de meros indicadores bio-genéticos"."Não me parece que, em algum momento, o assunto tivesse sido tratado à luz das questões da identidade desta jovem, tal qual ela a percepciona", lamenta.Assim, "ter uma dupla condição sexual ou ter uma 'anomalia sexual' (como habitualmente o hermafroditismo é designado) serve como um atestado de despersonalização, já que a identidade passa - para quem a avalia de fora - a ser um conceito aparentemente difuso ou improvável", acrescenta.Ora, "não se sendo unicamente homem e não se sendo unicamente mulher, então questiona-se o lugar de pertença das pessoas", acabando o crivo social por "mostrar a estas pessoas que elas pertencem a um não-lugar, como se estar à margem do binarismo sexual (homem-mulher) significasse habitar a terra de ninguém", conclui.O sexólogo Francisco Allen Gomes complementa que é necessário tacto na forma como se designam as pessoas num estado de intersexualidade, pois "com muita facilidade se estigmatiza" e "as palavras ferem".Ex-chefe de serviço de Psiquiatria dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde foi responsável pela consulta de Sexologia até à sua aposentação, em 2001, Allen Gomes questiona a forma como a condição de Caster Semenya está a ser avaliada e considera excessiva a exposição pública da jovem."Vão analisar a atleta para saber se é um homem ou uma mulher? Ela pode ser um XY e ter uma identidade feminina, como pode ser um XX, ter havido uma masculinização por qualquer motivo, e ter uma identidade feminina", declarou."Imaginemos que essa rapariga - porque é uma rapariga - nunca soube da sua situação… Ver, de repente, a sua identidade posta em causa é uma coisa brutalmente traumática, violentíssima", sublinhou.

HSF.Lusa

10/10/09

and the Nobel Price goes to

Helena

This morning, Michelle and I awoke to some surprising and humbling news. At 6 a.m., we received word that I'd been awarded the Nobel Peace Prize for 2009.To be honest, I do not feel that I deserve to be in the company of so many of the transformative figures who've been honored by this prize -- men and women who've inspired me and inspired the entire world through their courageous pursuit of peace.But I also know that throughout history the Nobel Peace Prize has not just been used to honor specific achievement; it's also been used as a means to give momentum to a set of causes.That is why I've said that I will accept this award as a call to action, a call for all nations and all peoples to confront the common challenges of the 21st century. These challenges won't all be met during my presidency, or even my lifetime. But I know these challenges can be met so long as it's recognized that they will not be met by one person or one nation alone.This award -- and the call to action that comes with it -- does not belong simply to me or my administration; it belongs to all people around the world who have fought for justice and for peace. And most of all, it belongs to you, the men and women of America, who have dared to hope and have worked so hard to make our world a little better.So today we humbly recommit to the important work that we've begun together. I'm grateful that you've stood with me thus far, and I'm honored to continue our vital work in the years to come.

Thank you,
President Barack Obama

(mail transcrito, sem tirar nem pôr)

09/10/09

MUDA DE VIDA

pois, acho que é mesmo o que preciso...


passearam no meu país...

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Raríssimas...sabe o que é?

A minha "mais Kika"

A minha "mais Kika"
FEMINISTIZA_TE

Dizer Não!!!

om




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