23/07/09

22/07/09

sei lá o que isto é

A M. visitou-me. Soube pela A. que é cunhada da B. e veio-me visitar.
Já não a via há dois anos(?). Talvez mais. Telefonemas de circunstância:
natal, aniversários e pouco mais.
Está magra e envelhecida. Eu achei.
E as meninas, perguntei eu?
As meninas já são 4, respondeu a M.
Ai sim? Então não disseste nada?
Bem, responde ela, sabes que foi de surpresa.
Que tenho eu a dizer? Nada. Mas fiquei inesperadamente sem palavras.
Ainda não consegui dar o herdeiro que o D. espera- rematou ela.
Como? Diz isso devagar, soletra.
Não conseguiste o quê?
Pois, 4 filhas não correspondem ao ideal do macho/herdeiro...
Ainda estou em estado de choque.
E há para aí quem diga que o machismo é invenção das mulheres.
Pois, está bem.
Falem, falem e não mordam a língua, se faz favor.

13/07/09

INTERVALO

Pausa. Paragem.Pequeno.
Ou talvez não.

09/07/09

pensar as redes sociais ou repensar as relações interpessoais?

Pensar dá trabalho, mas sem pensarmos estamos sempre a pensar.
Um dia, há alguns largos meses, fui confrontada com uma pergunta que , na altura, me pareceu ridícula: “ Não tens hi5?” “hi5?” Repeti eu.” Para que quero eu um hi5?”.
Bem, no momento nem tinha a noção do que era o hi5, achando que um Messenger, um Skype e o velhinho e.mail eram mais do que suficientes para um novo paradigma das relações interpessoais
Mas estava tão desfasada da realidade que até me senti constrangida.
Proliferam grupos de amizade(s) virtuais, miúdos e miúdas que expõem as suas vidas e se despojam de si memos de forma assustadora, adultos que se dedicam exclusivamente a seduzir e a desejar ser seduzidos, mulheres que procuram companheiros /as de ocasião, homens que buscam a/o parceira /o ideal para uns minutos de prazer(?), predadores que no seu mundo escondido que é este da virtualidade, devoram presas fáceis e muitas vezes inocentes e são devorados por predadores ainda mais potentes.
Há implicitamente um ciclo vicioso e viciado.
Num texto recentemente produzido por um “amigo”, virtual claro está, vi retratado o perfil do predador, perdão do engatatão e, apesar de reconhecer que há uma coerência irrefutável no que escreve, faltam pormenores que são “pormaiores”.
Que perigos corremos todos/as nós nestas redes sociais virtuais,que não estejam presentes nas nossas relações familiares, de pares, de colegas ou até de vizinhança? O predador está aí na nossa casa, na nossa sala, no nosso canto. Ele ou ela é ou pode ser o nosso tio, o nosso pai,o professor, o amigo mais querido entre os amigos. Pode até ser a mãe, a avó ou a amiga da irmã...
E as vítimas? Estão ou não mais vulneráveis no conforto do seu lar, na sala onde ouvem a mãe ou o pai a conversar, na escola onde um grito faria com que todos a ouvissem, mas quase nunca ouvem?
Será que o engate predatório nas redes sociais virtuais é mais premente, constrangedor e/ou assustador do que na vida lá fora?
Não tenho a certeza,mas suspeito que no aconchego de um qualquer lar há mais predadores à solta que não se encaixam nesse perfil que o JPG desenha e muitas vítimas inocentes, inocentes de verdade, que num futuro muito próximo poderão ser os novos predadores.



Quero acreditar que há muito de bom na internet e que podemos ensinar a separar o bom do mau a todas as pessoas. Haja paciência, vontade e tempo.

Ou não é assim?

08/07/09

quis matar saudades, saudades não matei

Hoje lembrei-me dum ritual que tínhamos os dois.
Era só nosso e alarguei-o com incontida alegria à minha menina.
Passei num local aqui próximo onde, como em tantos lugares por esse país fora, se festeja um santo ou santa qualquer. Não interessa qual era , mas não era o nosso santo.
Mas tinha barracas de farturas, de pão com chouriço, algodão doce e música popular(agora até a música é mais pobre).
Pára, pára ali que eu quero comer uma fartura quentinha com muiiita canela e açúcar!
Espanto generalizado:Farturas? Tu?
Sim, eu, tu e a minha menina tínhamos um ritual e eu hoje quis matar saudades de ti, especialmente de ti que resolveste partir tão cedo da minha vida.
As farturas não tinham o sabor fantástico de então, não havia vinho 3 Marias( foleiro, foleiro, mas que fresquinho sempre me soube a champanhe francês), aliás nem havia nenhum vinho.
Só cerveja, refrigerantes e afins.
Não desisti. Precisava de matar saudades tuas e sentei-me numa improvisada esplanada, pedi 2 farturas quentinhas com muito açúcar e canela e, teve de ser, uma cerveja.
Não foi aquilo que ansiei. Não consegui matar saudades tuas.
Aliás, eu acho que nunca vou conseguir matar as saudades das coisas boas, alegres e impagáveis que fizeste comigo. E mais tarde com a tua neta.
Saudades não se matam, conclui.
E senti ainda mais saudades tuas e de mim, naquele tempo em que ser feliz era tão fácil.


Março 1940-Julho 2002

01/07/09

ai, uma mousse de chocolate sueca!

falta-me a palavra certa

Tristeza, decepção, desânimo.
Sei lá que palavra mais se adequa ao que acontece nas relações interpessoais.
Desconsolo também se adequa.
Desencanto tem força.
Desapontamento.
Falta-me a palavra certa, mas o sentimento eu sei qual é.
Sinto-o.

passearam no meu país...

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A minha "mais Kika"

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