30/08/07
Gentilezas

A Rita, dos Livros e Outras Histórias teve a gentileza de me atribuir este "galardão"!
Obrigada!
Aqui fica o devido agradecimento...e nomeio Troblogdita, Anacruses,Ganda Chatice,Fantasias,Cita & Pense( internacional, claro!)*
*ver coluna das Ervilhas de Cheiro
29/08/07
Alteração de Programação...
Pela Pah!(zinha) foi-me lançado o desafio:
Cada pessoa escreve sete factos casuais sobre a sua vida. Depois passa o desafio a outras sete, deixando um comentário no seu blogue para que essa pessoa saiba que foi desafiada.
Eu não sou muito(nada, a bem dizer!) dada a desafios deste gênero...mas pela alegria que, supostamente, se poderá transpor numa brincadeira destas aqui vai:
Detesto quando acordo tarde e tenho horários a cumprir( acho que tenho uma costela muito "british"!);
Não saio sem tomar uma boa chávena de café;
Nunca, nunca mesmo, me esqueço de levar a Kika a dar o passeio matinal;
A vida sem o aroma não me inspira...assim , nunca esqueço o meu "parfum" bem docinho e floral;
Sou louca por livros, música, anéis grandes( com pedras, sem pedras ...) e carteiras(ah! carteiras, malas, sacos grandes) canetas e caderninhos(qualquer tipo serve!) para poder escrever o que me passa pela alma , em qualquer lugar e a qualquer hora;
É raro não começar o dia a rir, de mim, da vida, dos desencontros..."uma tacha arreganhada"( é o que dizem!), e quando o sorriso não se lhe apetece instalar no meu rosto, até o porteiro pergunta se estou doente!
Conduzir, com música bem alto, fintando os revezes do trânsito é uma das muitas outras coisas que eu não dispenso...
e porque o interesse psico-cultural deste gênero de desafios pode, um dia, ser alvo de uma qualquer tese( quem sabe?) lanço o tema a quem sentir desejo de participar...
"mi casa es su casa"!
Cada pessoa escreve sete factos casuais sobre a sua vida. Depois passa o desafio a outras sete, deixando um comentário no seu blogue para que essa pessoa saiba que foi desafiada.
Eu não sou muito(nada, a bem dizer!) dada a desafios deste gênero...mas pela alegria que, supostamente, se poderá transpor numa brincadeira destas aqui vai:
Detesto quando acordo tarde e tenho horários a cumprir( acho que tenho uma costela muito "british"!);
Não saio sem tomar uma boa chávena de café;
Nunca, nunca mesmo, me esqueço de levar a Kika a dar o passeio matinal;
A vida sem o aroma não me inspira...assim , nunca esqueço o meu "parfum" bem docinho e floral;
Sou louca por livros, música, anéis grandes( com pedras, sem pedras ...) e carteiras(ah! carteiras, malas, sacos grandes) canetas e caderninhos(qualquer tipo serve!) para poder escrever o que me passa pela alma , em qualquer lugar e a qualquer hora;
É raro não começar o dia a rir, de mim, da vida, dos desencontros..."uma tacha arreganhada"( é o que dizem!), e quando o sorriso não se lhe apetece instalar no meu rosto, até o porteiro pergunta se estou doente!
Conduzir, com música bem alto, fintando os revezes do trânsito é uma das muitas outras coisas que eu não dispenso...
e porque o interesse psico-cultural deste gênero de desafios pode, um dia, ser alvo de uma qualquer tese( quem sabe?) lanço o tema a quem sentir desejo de participar...
"mi casa es su casa"!
28/08/07
25/08/07
...a tua morte também o é !
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Eduardo Prado Coelho -1944-2007
Impressiona-nos sempre a morte,
não por ser a morte de este ou de aquele,
mas por ela continuar a existir,
sendo objectivamente um escândalo.
Crónica publicada no jornal Público em 2006
24/08/07
...da Vida(8)
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quantas vezes apostaste a tua vida?
apostei a minha vida mil vezes.
perdeste tudo?
sim , perdi sempre tudo.
José Luís Peixoto in "a criança em ruínas"
23/08/07
21/08/07
Poesia musical...
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Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem
Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer
Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena.
Letra de Carlos Tê (música de Rui Veloso)
Este (Sor)riso é para Ti!
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
do Sentido da Vida (7)
Canção na plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
Lya Fett Luft in"Secreta Mirada"
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
Lya Fett Luft in"Secreta Mirada"
19/08/07
do Sentido da Vida (6)
As palavras do amor expiram como os versos,
Com que adoço a amargura e embalo o pensamento:
Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos,
Vidas que não têm vida, existências que invento;
Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos
De pó, que o sopro espalha ao torvelim do vento,
Raios de sol, no oceano entre as águas imersos
-As palavras da fé vivem num só momento...
Mas as palavras más, as do ódio e do despeito,
O "não!" que desengana, o "nunca!" que alucina,
E as do aleive, em baldões, e as da mofa, em risadas,
Abrasam-nos o ouvido e entram-nos pelo peito:
Ficam no coração, numa inércia assassina,
Imóveis e imortais, como pedras geladas.
Olavo Bilac
Com que adoço a amargura e embalo o pensamento:
Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos,
Vidas que não têm vida, existências que invento;
Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos
De pó, que o sopro espalha ao torvelim do vento,
Raios de sol, no oceano entre as águas imersos
-As palavras da fé vivem num só momento...
Mas as palavras más, as do ódio e do despeito,
O "não!" que desengana, o "nunca!" que alucina,
E as do aleive, em baldões, e as da mofa, em risadas,
Abrasam-nos o ouvido e entram-nos pelo peito:
Ficam no coração, numa inércia assassina,
Imóveis e imortais, como pedras geladas.
Olavo Bilac
18/08/07
17/08/07
...do(s) Sentido (s)da Vida(5)
Amélia dos Olhos Doces
quem é que te trouxe
grávida de esperança?
Um gosto de flor na boca.
Na pele e na roupa
perfumes de França.
Cabelos cor de viúva.
Cabelos de chuva.
Sapatos de tiras
e pões, quantas vezes
não queres e não amas
os homens que dormem
contigo na cama.
Amélia dos Olhos Doces
quem dera que fosses
apenas mulher.
Amélia dos Olhos Doces
se ao menos tivesses
direito a viver!
Amélia gaivota
amante ou poeta.
Rosa de café.
Amélia gaiata
do Bairro da Lata.
Do Cais do Sodré.
Tens um nome de navio.
Teu corpo é um rio
onde a sede corre.
Olhos Doces. Quem diria
que o amor nascia
onde Amélia morre?
Cabelos cor de viúva.
Cabelos de chuva.
Sapatos de tiras
e pões, quantas vezes
não queres e não amas
os homens que dormem
contigo na cama.
Joaquim Pessoa
quem é que te trouxe
grávida de esperança?
Um gosto de flor na boca.
Na pele e na roupa
perfumes de França.
Cabelos cor de viúva.
Cabelos de chuva.
Sapatos de tiras
e pões, quantas vezes
não queres e não amas
os homens que dormem
contigo na cama.
Amélia dos Olhos Doces
quem dera que fosses
apenas mulher.
Amélia dos Olhos Doces
se ao menos tivesses
direito a viver!
Amélia gaivota
amante ou poeta.
Rosa de café.
Amélia gaiata
do Bairro da Lata.
Do Cais do Sodré.
Tens um nome de navio.
Teu corpo é um rio
onde a sede corre.
Olhos Doces. Quem diria
que o amor nascia
onde Amélia morre?
Cabelos cor de viúva.
Cabelos de chuva.
Sapatos de tiras
e pões, quantas vezes
não queres e não amas
os homens que dormem
contigo na cama.
Joaquim Pessoa
16/08/07
das Coisas Simples(1)
Lar é onde se acende o lume e se partilha mesa
e onde se dorme à noite o sono da infância.
Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.
Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam:
um estalar de madeiras, um ranger de degraus,
um sussurrar de cortinas.
Lar é onde não se discute a posição dos quadros,
como se eles estivessem ali desde o princípio dos tempos.
Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de
humidade no tecto, o pequeno defeito do caixilho, são
imutáveis como uma assinatura reconhecida.
Lar é onde os objectos têm vida própria e as paredes
nos contam histórias.
Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.
Lar é onde nos amam.
Rosa Lobato de Faria in "O Sétimo Véu"
e onde se dorme à noite o sono da infância.
Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.
Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam:
um estalar de madeiras, um ranger de degraus,
um sussurrar de cortinas.
Lar é onde não se discute a posição dos quadros,
como se eles estivessem ali desde o princípio dos tempos.
Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de
humidade no tecto, o pequeno defeito do caixilho, são
imutáveis como uma assinatura reconhecida.
Lar é onde os objectos têm vida própria e as paredes
nos contam histórias.
Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.
Lar é onde nos amam.
Rosa Lobato de Faria in "O Sétimo Véu"
15/08/07
da Poesia e do Sentir
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Fernando Pessoa
14/08/07
...porque a Língua é a Nossa Pátria!-Guia de Visita

Se vosmecê não é da região, não fique cabreiro, visse!
Mas se é da terra, peleje,saculeje,futrique o tutano.
Se avexe para entender histórias de trilhas, sem lorota.
Da Costa Dourada, rodage supimpa de Recife a Maceió.
Pru mode não se empaiar, não vá com carro peba, fulero
Leve gorro, pisante, roscofe, trincha e encafue a riúna.
Junte os térens na trouxa e bote rudilha no quengo,
Pendure no gogó a berimbela amarrada ao trancelim.
Bote roupa fubenta, amarrotada, vá malabanhado.
Dispianque encangado com um pé quebrado esprivitado.
Pode ser cabaço ou quenga reboculosa e estar de paquete,
Sem ser nó cego, luxenta, alfenim, nem encrespar.
Tendo o xodó secura, xumbregue e derrube no fudedor.
Se estiver solteiro, vascuie as sirigaitas nas sipitingas.
Escolha potranca reboculosa, dando inveja a marmota.
Faça bafunga e munganga dela ficar zaroia e ter pilora.
O cabra tem que ser acochado, aloprado,não farrapar.
No mato bote sentido em lacrau,mangangá e potó.
Vigie as ribanceiras para não tibungar nos barreiros.
Nada de muxoxo, leve na gréia, pru mode desopilar.
Se o carro ficar ronceiro, dê barrufadas e oiça se raja.
Se dá pinotes ou cepa, nos mata-burros e bueiros,
Não se aperreie nem se abufele, mas não seja manzanza.
Tome cuidado nas rabiadas para não dar barroadas.
Prove lapada de caxixi, tacos de langanhos e malassada.
Tarecos e mata-fome nas toldas e pega-bebos dos aceiros.
Dando pirrita, se escafeda nas brenhas e tome cachete;
Descarregue a titica em toiceira de mato, sem rimungar.
Cuidado com baque que escalavra e ingembra o espinhaço.
Por derradeiro, o trilheiro fica grudento, seboso, lombado,
Com suvaqueira, pituim, inhaca, cheio de roncha e pereba,
Catota na venta, oios com ramelas, trunfa frocada e feliz.
"Minidicionário de Pernambuquês " de Bertrando Bernardino
Foto de Recife
Pernambuco
Poesia musical
Eu tenho tanto
Pra lhe falar
Mas com palavras
Nao sei dizer
Como é grande o meu amor por voce
E nao ha nada
Pra comparar
Para poder
Me explicar
Como é grande o meu amor por voce
Nem mesmo o céu
Nem as estrelas
Nem mesmo o mar
E o infinito
Nao é maior
Que o meu amor
Nem mais bonito
Me desespero
A procurar
Alguma forma
De lhe falar
Como é grande o meu amor por voce
Nunca se esqueca
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande o meu amor por voce
Nunca se esqueca
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande o meu amor por voce
Mas como é grande o meu amor por voce
Roberto Carlos
Pra lhe falar
Mas com palavras
Nao sei dizer
Como é grande o meu amor por voce
E nao ha nada
Pra comparar
Para poder
Me explicar
Como é grande o meu amor por voce
Nem mesmo o céu
Nem as estrelas
Nem mesmo o mar
E o infinito
Nao é maior
Que o meu amor
Nem mais bonito
Me desespero
A procurar
Alguma forma
De lhe falar
Como é grande o meu amor por voce
Nunca se esqueca
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande o meu amor por voce
Nunca se esqueca
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande o meu amor por voce
Mas como é grande o meu amor por voce
Roberto Carlos
13/08/07
dos Sentidos dos Outros
Nunca amamos alguém.Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém.
É a um conceito nosso- em suma , é a nós mesmos- que amamos.
Bernardo Soares *in "Livro do Desassossego"
* heterónimo de Fernando Pessoa
É a um conceito nosso- em suma , é a nós mesmos- que amamos.
Bernardo Soares *in "Livro do Desassossego"
* heterónimo de Fernando Pessoa
Significância (s)
|
- coragem
- do Lat. cor, coração
- s. f.,
- firmeza de espírito, energia diante do perigo;
- firmeza de espírito, energia diante do perigo;
- intrepidez;
- intrepidez;
- ânimo;
- ânimo;
- valentia;
- valentia;
- perseverança.
- do Lat. cor, coração
12/08/07
em teu nome...Adolfo Correia da Rocha
Em nome do teu nome,
Que é viril,
E leal,
E limpo, na concisa brevidade
— Homem, lembra-te bem!
Sê viril,
E leal,
E limpo, na concisa condição.
Traz à compreensão
Todos os sentimentos recalcados
De que te sentes dono envergonhado;
Leva, dourado,
O sol da consciência
As íntimas funduras do teu ser,
Onde moram
Esses monstros que temes enfrentar.
Os leões da caverna só devoram
11/08/07
(in)Significância?
|
- paixão
- do Lat. passione, sofrimento
- s. f.,
- sentimento excessivo;
- sentimento excessivo;
- amor ardente;
- amor ardente;
- afecto violento;
- afecto violento;
- entusiasmo;
- entusiasmo;
- cólera;
- cólera;
- grande mágoa;
- grande mágoa;
- vício dominador;
- vício dominador;
- alucinação;
- alucinação;
- sofrimento intenso e prolongado;
- sofrimento intenso e prolongado;
- parcialidade;
- parcialidade;
- o martírio de Cristo ou dos Santos martirizados;
- o martírio de Cristo ou dos Santos martirizados;
- parte do Evangelho em que se narra a Paixão de Cristo;
- parte do Evangelho em que se narra a Paixão de Cristo;
- colorido, expressão viva, em literatura.
10/08/07
Significância...

|
- do Lat. amore
- s. m.,
- viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
- viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
- inclinação da alma e do coração;
- inclinação da alma e do coração;
- objecto da nossa afeição;
- objecto da nossa afeição;
- paixão;
- paixão;
- afecto;
- afecto;
- inclinação exclusiva;
- inclinação exclusiva;
- ant.,
- graça, mercê.
- com -: com muito gosto, com zelo;
- com -: com muito gosto, com zelo;
- fazer -: ter relações sexuais;
- fazer -: ter relações sexuais;
- loc. prep.,
- por - de: por causa de;
- por - de: por causa de;
- por - de Deus: por caridade;
- por - de Deus: por caridade;
- ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
- ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
- - captativo:vd. amor possessivo;
- - captativo:vd. amor possessivo;
- - conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
- - conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
- - oblativo: amor dedicado a outrem;
- - oblativo: amor dedicado a outrem;
- - platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
- - platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
- - possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.
...
Tu já tinhas um nome, e eu não sei
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.
Eugénio de Andrade
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.
Eugénio de Andrade
09/08/07
...da Impossibilidade do Amor
"Florentino Ariza nunca mais teve oportunidade de se encontrar a sós com Fermina Daza, nem de falar a sós com ela nos muitos encontros das suas tão longas vidas, senão cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias depois, quando lhe repetiu o juramento de fidelidade eterna e de amor para sempre, na sua primeira noite de viúva."
Gabriel Garcia Marquez in "Amor em tempos de cólera"
Gabriel Garcia Marquez in "Amor em tempos de cólera"
dos Sentimentos e da Poesia(outra vida)
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Till the wet waves drenched face and hair with spray,
The long red fires of the dying day
Burned in the west; the wind piped drearily;
And to the land the clamorous gulls did flee:
"Alas!" I cried, "my life is full of pain,
And who can garner fruit or golden grain,
From these waste fields which travail ceaselessly!"
My nets gaped wide with many a break and flaw
Into the sea, and waited for the end.
When lo! a sudden glory! and I saw
The argent splendour of white limbs ascend,
And in that joy forgot my tortured past.
Oscar Wilde
08/08/07
...A Ti, Ruy Belo!

Nomeei-te no meio dos meus sonhos
chamei por ti na minha solidão
troquei o céu azul pelos teus olhos
e o meu sólido chão pelo teu amor
Ruy Belo
...à Noite!
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"
Sérgio Godinho
05/08/07
04/08/07
03/08/07
...dos Sentidos dos Outros
"como é você de verdade?":
"(...) muitas vezes, nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as grades em vez de libertar-nos."
Pedro Bloch in "Entrevistas", colectânea de entrevistas realizadas por Clarice Lispector
"(...) muitas vezes, nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as grades em vez de libertar-nos."
Pedro Bloch in "Entrevistas", colectânea de entrevistas realizadas por Clarice Lispector
02/08/07
dos Outros Escritores-Sentimentos
"É natural que quem quer "elevar-se" sempre mais, um dia acabe por ter vertigens.
O que são vertigens? Medo de cair?
Mas então porque é que temos vertigens num miradoiro protegido com um parapeito?
As vertigens não são o medo de cair.
É a voz do vazio por debaixo de nós que nos enfeitiça e atrai,
o desejo de cair do qual, logo a seguir, nos protegemos com pavor."
Milan Kundera in "A Insustentável Leveza do Ser"
O que são vertigens? Medo de cair?
Mas então porque é que temos vertigens num miradoiro protegido com um parapeito?
As vertigens não são o medo de cair.
É a voz do vazio por debaixo de nós que nos enfeitiça e atrai,
o desejo de cair do qual, logo a seguir, nos protegemos com pavor."
Milan Kundera in "A Insustentável Leveza do Ser"
01/08/07
dos Sentimentos e da Poesia( em português)
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles
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www.endviolenceagainstwomen.org.uk