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(...)Mas, se observarmos uma outra produção moderna inclusa no mesmo projecto positivista, “A declaraçao universal dos direitos humanos”, vemos que esta pretende estabelecer uma imagem de homem/mulher com direitos inalienáveis independentemente de toda a condição de género, raça, credo, etc..., um homem, uma mulher sem, precisamente todos os atributos que o/a define e com os quais as Ciências Sociais trabalham.
Que homem/mulher é este/a? Que paradoxo é este? O da razão que cria um homem e uma mulher desumanizado/a e que no entanto encontra o seu máximo de expressão humana neste projecto? Esta tensão é plenamente ilustrativa da tensão que pode então existir entre a produção da chamada ciencia necessária ou positivista e a ciencia social ou humana.
Não obstante , e à parte problemas de estipulação e nomeação , que representam sobretudo questões de poder, as ciências confluem apesar das aparentes contradições e não se excluem.
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