24/02/09

...da vida!


"Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?

Correram o bobo a chicote do palácio, sem razão,
Fizeram o mendigo levantar-se do degrau onde caíra.
Bateram na criança abandonada e tiraram-lhe o pão das mãos.
Oh mágoa imensa do mundo, o que falta é agir...
Tão decadente, tão decadente, tão decadente...
Só estou bem quando ouço música, e nem então.
Jardins do século dezoito antes de 89,
Onde estais vós, que eu quero chorar de qualquer maneira?

Como um bálsamo que não consola senão pela ideia de que é um bálsamo,
A tarde de hoje e de todos os dias pouco a pouco, monótona, cai."


Álvaro de Campos


foto de Sebastião Salgado

1 comentário:

Fernando Antolin disse...

El mar es el Lucifer del azul.El cielo caído por querer ser la luz.
.........
...........

y el hombre miserable es un ángel caído.La tierra es el probable paraíso perdido.

isto é "romeno" ali de Carabanchel,Vallecas ou do Sacromonte,Alhambra quem sabe...


passearam no meu país...

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