14/06/07

dos Sentimentos e da Poesia

penso na morte
mas sei que continuarei vivo no epicentro das flores
no abdómen ensanguentado doutros-corpos-meus
na concha húmida de tua boca em cima dos números mágicos
anunciando o ciclo das águas e o estado do tempo

a memória dos dias resiste no olhar dum retrato
continuo só
e sinto o peso do sorriso que não me cabe no rosto
improviso um voo de alma sem rumo mas nada me consola

é imprevista a metereologia das paixões
pássaros minerais afastam-se suspensos
vislumbro um corpo de chuva cintilando na areia

até que tudo se perde na sobra da noite...além
junto à salgada pele de longínquos ventos

in Al Berto -"O Medo"

Bom dia Al Berto!


aconselho visita ao blog A origem das espécies de FJV

2 comentários:

bettips disse...

É para te deixar um beijinho, antigo, do tempo dos cisnes na Cordoaria!

jorge esteves disse...

Pensar na morte é maldosa ilusão, porque nos faz esquecer de viver...
Abraço!


passearam no meu país...

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