08/07/07

dos Sentimentos e da Poesia

penso na morte
mas sei que continuarei viva no epicentro das flores
no abdómen ensanguentado doutros-corpos-meus
na concha húmida de tua boca em cima de números mágicos
anunciando o ciclo das águas e o estado do tempo

a memória dos dias resiste no olhar de um retrato
continuo só
e sinto o peso do sorriso que não cabe no rosto
improviso um voo de alma sem rumo, mas nada me consola

é imprevista a meteorologia das paixões
pássaros minerais afastam-se suspensos
vislumbro um corpo de chuva cintilando na areia

até que tudo se perde na sombra da noite...além
junto à salgada pele de longínquos ventos.


adaptado de "Doze moradas de silêncio" de Al Berto

2 comentários:

ASPÁSIA disse...

ERVILHITA

UM POEMA TRISTE E ALGO DERROTISTA, AMIGA...
UM SENTIMENTO DE PERDA E NOSTALGIA!

NÃO ANDO NADA ALEGRE TAMBÉM... MEU PAI JÁ SÓ ANDA EXTRENAMENTE DEVAGAR, ESTÁ MAIS DEPENDENTE DE MIM... EMBORA DO RESTO ESTEJA BEM, MAS O FACTO DE PERDER A INDEPENDENCIA DE IR A RUA SOZINHO TEM-NO ABATIDO BASTANTE... Q FAZER AMIGA! A IDADE É MTO AVANÇADA, ALGUM PREÇO SE TEM DE PAGAR...

BEIJINHOS SOLIDÁRIOS :)**

Helena Velho disse...

ASPASITA DE MILETO!

LA VIE N'EST PAS CE QU'ON VEUX...
SABES ACHO QUE DEVES SEMPRE, E SUBLINHO O SEMPRE, PENSAR QUE É UM PRIVILÉGIO O TEU PAI CHEGAR TÃO SÃO À IDADE DELE!
SÓ POR ISSO DEVES SENTIR ALGUMA ALEGRIA...

PERDA E NOSTALGIA SÃO SENTIMENTOS QUE NOS ASSOLAM , MESMO EM MOMENTOS QUE JULGAMOS ESTAR FELIZES.

BEIJOS DA ERVILHA NOSTÁLGICA
PARA A AZEITONITA DE ATENAS...


passearam no meu país...

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