07/05/09

...isto é amor

Casa azul, escola de enterro.

Despedi-me do sempre
de manhã
Em Julho
Tempestade escarlate de Verão
A dormir o sonho de não haver aurora
forçando a casa a abrir-se ao luzidio desenho da faca
A porta pequena, contra o centro da terra,
e eu entrando ou saindo a rasar o não,
Minha mãe arquitectura de dores guarda ainda
no lugar do colo um sorriso de cinzas, um domingo.
Eu tantas vezes enferma,
entranhas de maré cheia
Meu sangue fervura de morte,
doente da doença de sorver


Farei em breve uma greve de boca.




Marta Bernardes

1 comentário:

Anónimo disse...

Coisa mai'linda!


passearam no meu país...

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